sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Esperando o inesperado.

Vejo os carros ficarem pra trás e não ligo, estou no ônibus indo pra casa, nada mais importa. Encosto a cabeça na janela e me deixo pensar. Pensar que todos os dias só não eram iguais, pois aumentavam um número na contagem para o fim do mês. Todos os dias: acordo, enrolo pra ir tomar banho afinal ultimamente está fazendo um frio que impediria qualquer um de sair da cama as 6 da matina. Como, vou para o ponto de ônibus.

Assisto às aulas, converso com minhas amigas, sempre com um sorriso no rosto pelo simples fato de estar com elas. Mas no fundo eu sei que falta alguma coisa. Volto pra casa num calor insuportável e num ônibus que mais parece uma lata de sardinha. Outro banho, totalmente diferente do outro, almoço e vou para o computador. Escrevo, assisto, falo. Janto, outro banho, durmo.

Raramente essa rotina muda. É esse lenga-lenga todo santo dia. Minha vida anda tão monótona quanto uma simples lavagem de louça. Começa com a água, esponja e sabão, mais água e só resta esperar secar. Eu estou no processo de secagem, no escorredor. Preciso que algo de novo me aconteça, um tipo de detergente novo, uma esponja diferente, trocar de pia quem sabe?!

Metáforas de lado, eu preciso de uma guinada! Algo totalmente diferente pra me tirar do tédio. Pegar um ônibus que me leve pra algum canto que não minha casa após as aulas, mas que eu também não saiba para onde vai. Encontrar alguém que eu não esperava na rua. Um sorriso por um motivo diferente do normal. Um assunto diferente pra discutir além das mesmas coisas, dos mesmos problemas. Mudar o jeito de fazer certas coisas, trocar móveis de lugar só pra ver a casa diferente.

2 comentários:

  1. que tal vir a minha casa depois da aula ? é tão pertinho, poxa.

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  2. "trocar móveis de lugar só pra ver a casa diferente."

    Eu fazia isso.

    Olha Cintya ali em cima achando que Rio de Janeiro é na cidade vizinha... tipo, na casa de Emília OAIHSDOISAHDOISAHDOISA

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