sábado, 12 de março de 2011

Swinging.



Tomo impulso com as pernas e me movimento para trás, solto a força que estava fazendo e me deixo ir pra frente. O brinquedo em que estou sentada me impulsiona pra frente. Tenho que me segurar nas correntes amarelas ao lado do assento. Sinto o vento vir contra o meu rosto e meus olhos lacrimejam. Sinto como se nada pudesse me parar e a viagem não fosse ter fim.

Lembro da minha infância e de como esse era meu brinquedo favorito no parquinho de diversões. Acho que pela adrenalina liberada ao subir tão alto, pela sensação de liberdade.

Sinto que estou voltando porque meu cabelo vem à face. Parece que estou sendo puxada a um lugar conhecido. Raízes.
Que sensação de liberdade, que nada... O que importa é ter pra quem voltar no fim do dia. Ir, mas saber que um dia voltará pra onde saiu. Essa segurança é o que me faz gostar tanto.

Aliás, a adrenalina segura, firme, certa é que faz isso. Se é que é possível: a certeza. Ouço mamãe chamar e percebo que ela é a rédea que me puxa de volta pra casa, tal qual as correntes não deixam que o balanço vá longe demais. Longe como meus pensamentos que me fazem voltar ao passado.

Um comentário:

  1. Tive a oportunidade de ler esse texto em seu caderno, e reconheço que gostei muito. Não é coisa de nerd, mas só posso dizer uma coisa: Lei da inércia e a gravidade são as únicas coisas que nos impedem de fazer o que realmente queremos, e como você diz: Nos sentir livres.

    Parabéns ^^

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