sábado, 11 de maio de 2013

Interdisciplinaridade de sentimentos.



Depois de horas no telefone, percebo que nossa ligação é bem mais profunda que isso. É como se fosse entre átomos. Você se agarra a mim como se fosse o Hélio e eu os seus míseros dois elétrons. A minha eletroafinidade é baixa, mas a sua foi grande o bastante para nós dois.

E não só nisso somos opostos: eu corro, você fica parado. Eu coro, você acha engraçado. Eu choro, você ri. Dá a hora de eu voltar, quando tá na hora de você ir. Você faz malabares, eu sou do tipo que fica na plateia e assiste com vontade de fazer. Eu sou dramática, faço rodeios, e você? Vai direto ao ponto. Vale lembrar aqui, de um modo bem clichê, que os opostos se atraem.

Entretanto, nada disso importa, porque com você a teoria das cordas é bamba! A saudade é relativa e inversamente proporcional: quanto menor a distância, maior a vontade de ficar junto. Nessa história, um mais um pode não ser dois. 1+1 dá 1, de tão unidos que ficam.

E mesmo sem a nossa química ser perfeita, a gente faz um balanceamento pra atingir o equilíbrio. Com você, parece que tá tudo no canto certo e em perfeito funcionamento: eu atinjo a homeostase e se brincar, até o Nirvana.

Crônicas chegam ao fim com um ponto final, as coisas da vida terminam em morte e uma hora, os reagentes param de reagir. Ainda bem que as semelhanças só se aplicam às minhas analogias, e nunca ao nosso final. Pra nós, um final feliz, de preferência.

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