domingo, 11 de dezembro de 2011

Amor vicia

- Ei, e o namorado novo?
- Sabe quando você pensa num cara o tempo todo? E tem vontade de ter ele ao seu lado sempre? É tanta vontade de ter que você passa a contar as horas.
- Sinto isso quando eu penso na cerveja que me espera sexta-feira.
- É mais ou menos isso. Amor é como uma droga, vicia.

Os sintomas do vício aparecem quando você sente uma necessidade de encontrar com ela pra conversar todo dia, mesmo que não se tenha assunto. Mesmo que seja só pra ficar juntinho, sem dizer nada, porque o colo dela é o melhor lugar do mundo. E quando não dá pra se encontrar, liga, porque a voz dele é melhor que chá de camomila pra acalmar.

Quando sua memória repassa cada momento do encontro anterior e imagina como vai ser o próximo. Quando se cogita a loucura, porque não consegue pensar em outra coisa a não ser isso! Pensa antes de dormir, durante os sonhos e quando abre os olhos é a primeira ideia que vem à cabeça. Quando você sente que pode fazer qualquer coisa e que nada vai dar errado.

Entretanto, quando você está com as manias dele sem nem saber onde começa um e termina o outro, já vai num estágio avançado e preocupante. "Transforma-se o amador na coisa amada por virtude do muito imaginar", já dizia Camões. Recomendo a você uma boa rehab pra desintoxicar, afinal, tudo que é demais é ruim.

Mas bem pesado e bem medido, esse tal de amor é um bom entorpecente em que a gente quer é se esbaldar. Sem efeitos colaterais, faz o chão sob os pés sumir e o céu não ser limite. Meio como álcool, pode fazer bem à vida da gente, quando bebido moderadamente. Amor é que nem uma taça de vinho que você deve tomar todo dia. Faz bem pro coração.

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